segunda-feira, 18 de abril de 2016

Eu tenho vergonha de todos os hipócritas do Brasil que comemoram o fim da democracia, o fim das investigações de corrupção contra essa corja golpista do congresso, pois, não sejamos hipócritas, todos já sabem que a corrupção vai comer solta, o golpe é uma carta branca pra Cunha, Temer e os bandidos golpistas fazerem do Brasil um país de merda.  Quanta hipocrisia!!!
E agora vêm falar mal do Bolsonaro, do cunha, que nenhum presta, que a corrupção está em todos os partidos, bla, bla, bal... a mesma conversa mole que deixa tudo como está e o que faz piorar ainda mais, como agora em 2016.

Quase nunca uso a palavra “culpa”, mas por culpa de cada hipócrita do povo, por culpa tua, meu amigo que apoiou o “impeachment” e que está lendo isto, e que, assim, que colaborou para o corrupto congresso não tivesse vergonha nem medo de cometer esse golpe de estado muito mal disfarçado, voltamos ao maldito ano de 64.


Vergonhaaaaaaaaaaa!!!!!

sexta-feira, 8 de abril de 2016

Dedico este famoso poema de Eduardo Alves da Costa a todos aqueles que desejam o que golpe de estado de 2016 aconteça. (O grifo é meu.) Não vou pedir que reflitam, pois não acredito mais na ingenuidade de vocês!

Cada vez mais percebo que o Brasil da fome, da desigualdade, do racismo, das injustiças e da corrupção é o pais que vocês sempre desejaram e ,por mais que alguns neguem, é o país sujo e perverso que vocês amam.

"NO CAMINHO, COM MAIAKÓVSKI

Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakósvki.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho e nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.


Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz:
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.

Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas no tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares,
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.

E por temor eu me calo.
Por temor, aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!"